Mercado de Orgânico movimenta R$ 4 Bilhões no Brasil

Você sabia que o mercado de orgânicos é um setor em alta e em constante crescimento? Nos Estados Unidos, esse mercado já fatura cerca de US$ 50 bilhões de dólares anualmente, de acordo com a Organic Trade Association. Os produtos orgânicos têm grande demanda por lá e o que impulsiona esta busca é a mudança de comportamento do consumidor, que vem adotando, cada vez mais, um estilo de vida mais saudável e equilibrado.

Segundo dados divulgados recentemente pelo Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – existem cerca de 850 feiras orgânicas espalhadas por todo o Brasil, números que estão em total crescimento. Os dados revelam, ainda, a maior parte dessas feiras se concentra na região Sudeste: são 347 ao todo.

Outro dado interessante vem do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que diz que a produção orgânica tem crescido 20% a cada ano. O impulso no faturamento do setor é decorrente da forte demanda por produtos saudáveis e sustentáveis, maior percepção de produtos lançados com maior valor agregado e de novos empreendedores nesse setor, o que aumenta a “popularidade” e visibilidade para esse tipo de consumo.

No começo de sua jornada, no século passado, o alimento orgânico representava principalmente uma opção de saúde individual para um nicho de consumidores urbanos de renda média-alta. Nos últimos 15 anos, esse mercado passou da infância para a adolescência, crescendo globalmente mais de 500% como área cultivada e como valor comercializado, além de 12 vezes em número de produtores. De acordo com o relatório global O Mundo da Agricultura Orgânica 2018, lançado pela IFOAM – Organics International, o crescimento desse setor na próxima década, promete continuar em ritmo superior aos 10% ao ano e será fomentado por atributos indiretos: por um lado, a crescente preocupação do consumidor por origem, segurança e qualidade pode ser atendida com a transparência proporcionada pela certificação do produto orgânico; por outro, as práticas da agricultura orgânica podem oferecer algumas soluções aos dilemas ambientais que ameaçam a agricultura como um todo, desde a qualidade da água até as mudanças climáticas.

Outro fator importante para esse mercado é o preço. Ao contrário do que muitos imaginam o frequente diferencial de preço não guarda muita relação com os supostos maiores custos do sistema de produção orgânico. O principal elemento que influencia o preço diz respeito à escala e à infraestrutura desse mercado. De acordo com o relatório, as duas mega operações de consolidação que ocorreram nos últimos dois anos – compra da Whole Foods pela Amazon e a da Whitewave pela Danone, atingindo mais de R$ 100 bilhões no total – logo geraram uma tendência de redução nos preços ao consumidor, por enquanto nos Estados Unidos, que seguem como o maior consumidor de orgânicos do mundo.

O Brasil parece crescer em ritmo mais modesto em relação à média global, mas com a ressalva de que o relatório encontrou dificuldade em contabilizar alguns dados. Estima-se, contudo, uma área de pelo menos 750 mil hectares de produção e um mercado superior a R$ 4 bilhões no nosso país.

O Brasil ocupa a primeira posição do ranking mundial de consumo de agrotóxicos, segundo o Instituto Nacional do Câncer. Para evitar ou diminuir essas substâncias na alimentação, muitos consumidores estão optando pela compra de orgânicos.

Os pontos de venda de orgânicos também se expandem nos grandes centros urbanos. O Mapa de Feiras Orgânicas (plataforma lançada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) registra mais de 600 feiras cadastradas em todo o país (feirasorganicas.org.br).

Produtos orgânicos devem ser cultivados sem agrotóxico ou adubo químico. A certificação “Produto Orgânico Brasil” fornece ao consumidor a garantia de estar levando para casa um produto isento de contaminação química. O selo assegura também que o produto é resultado de uma agricultura capaz de preservar a qualidade do ambiente natural, qualidade nutricional e biológica de alimentos e qualidade de vida para quem vive no campo e nas cidades.

Fonte: Revista Pegn e Terra Madre

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